Mostrando postagens com marcador Tenho a mania que gosto de ler.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tenho a mania que gosto de ler.. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de março de 2015

Vira o disco e toca o mesmo

[...] this discovery of yours will create forgetfulness in the learners' souls, because they will not use their memories; they will trust to the external written characters and not remember of themselves. The specific which you have discovered is an aid not to memory, but to reminiscence, and you give your disciples not truth, but only the semblance of truth; they will be hearers of many things and will have learned nothing; they will appear to be omniscient and will generally know nothing; they will be tiresome company, having the show of wisdom without the reality.
- Socrates's opinion on the written word.
In Plato, The Phaedrus

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Escrever com ritmo. Parece-me um bom conselho.

"This sentence has five words. Here are five more words. Five-word sentences are fine. But several together become monotonous. Listen to what is happening. The writing is getting boring. The sound of it drones. It's like a stuck record. The ear demands some variety. Now listen. I vary the sentence length, and I create music. Music. The writing sings. It has a pleasant rhythm, a lilt, a harmony. I use short sentences. And I use sentences of medium length. And sometimes when I am certain the reader is rested, I will engage him with a sentence of considerable length, a sentence that burns with energy and builds with all the impetus of a crescendo, the roll of the drums, the crash of the cymbals--sounds that say listen to this, it is important."

- Gary Provost

Obrigada, Hubspot!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma estranha mistura de Gapminder com Dostoievski

Não sei precisar quando é que tudo começou, mas suponho que a melhoria do saneamento nas cidades, da alimentação das pessoas e os avanços na medicina têm ajudado. A esperança média de vida passou de cerca de 45 anos, em 1900, para os cerca de 80, em 2013. Passámos para o dobro em menos de 100 anos. Mais: O ser humano existe há coisa de 1,5 milhões de anos, e desses, só aqueles que viveram nos últimos cem é que tiveram o privilégio de viver para além dos 50 anos.

E depois, toda a questão da electricidade, do encurtamento das distâncias, da internet.
Todo o facto de as pessoas, dantes, "funcionarem" enquanto havia luz do sol, e de agora poderem fazê-lo a qualquer hora. De, dantes, a vida se passar socialmente, e de não haver meio mais rápido de transmitir notícias que encontrando-nos com pessoas. E de, hoje, eu não sair de casa sem o telemóvel, passar o dia a verificar a conta e-mail, ir para casa ao telefone, chegar a casa, checkar o facebook, e ainda ir para o Skype para falar com uma ou outra pessoa que possa estar no estrangeiro.

Hoje, não só vivemos mais tempo, como vivemos mais rápido.

É como se tivéssemos várias vidas.

domingo, 29 de julho de 2012

Hoje lembrei-me que a poesia existia


De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos

e canta
o êxtase do dia.

- Eugénio de Andrade

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Icaria e Alexandre Dumas

Uma das primeiras coisas que descobri cá em Barcelona foi uma editora chamada Icaria, de que gostei muito. Não o mencionei a ninguém porque ainda não consegui perceber se é boa, ou se é simplesmente reaccionária / sensacionalista. Quero dizer, ainda não sei se tem credibilidade. Mas pelo menos faz-me pensar e põe-me a par de temas que ainda não conhecia. Acho que isso não pode ser mau.

Tenho, desde então, seguido com atenção o blog deles, que hoje, em tom de introdução, contava a seguinte história:

'¿Has leído mi última novela?', preguntó Alejandro Dumas a su hijo. '¿La has leído tú?', le respondió el hijo con lengua viperina. Su padre había escrito El conde de Montecristo con un tal Maquet, que no aparecía ni en los agradecimientos del libro; la segunda parte se la encargó directamente a un portugués llamado Hogan que no hacía demasiadas preguntas. Dumas fue un pionero del ghostwriting, la contratación de escritores fantasmas, o negros, esos autores que "trabajan anónimamente para lucimiento y provecho de otro" (...).

Fiquei em choque, não fazia ideia. E o Telegraph confirma!

domingo, 11 de setembro de 2011

Glastonbury Abbey, Somerset, England


"Pensa-se que a abadia de Glastonbury, em Inglaterra, tenha sido o primeiro templo cristão erigido à superfície terrestre".
- Austin Cline

Uma maneira curiosa de ver as coisas, diria eu.

(PS:
On 25 May 1186, Glastonbury abbey and the wattle church were burnt down. Under the patronage of the king, the abbot launched a national appeal for funds to rebuild the abbey. In two years, enough money had been raised to build the Lady Chapel on the site of the wattle church. The trouble was that the funds began drying up, with the abbey church barely begun. The monks of Glastonbury came up with the scam of linking the riotously popular Arthur with the abbey. In 1191 AD, they declared they had found the grave of king Arthur and Queen Guinevere. They knew exactly who they were because a crude lead cross was also allegedly found inscribed:


"Here lies buried the renowned king Arthur with Guinevere his second wife, in the Isles of Avalon."
Adoro. Está visto que terei de voltar a ler as Brumas de Avalon. Daqui.)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Todos descobrem, mais tarde ou mais cedo na vida, que a felicidade perfeita não é realizável, mas poucos se detêm a pensar na consideração oposta: que também uma infelicidade perfeita é, igualmente, não realizável."
- Primo Levi, Se isto é um homem, p. 13

domingo, 10 de outubro de 2010

Os Capitães da Areia é uma espécie de Peter Pan no Brasil. Especialmente quando a Dora entra em cena.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Áнна Ахмáтова

Isto estava para ali numa estante, e depois eu olhei-o, peguei nele e li-o.
E depois, a sério que foi sem querer, mas senti-o.
E era triste.

E um silêncio, Senhor, um silêncio tal
Que se ouve o tempo passar.


E um sol cor de framboesa.

- Anna Akhmatova


(Tirei a imagem daqui)

"Akhmatova's work ranges from short lyric poems to intricately structured cycles, such as Requiem (1935–40), her tragic masterpiece about the Stalinist terror. Her style, characterised by its economy and emotional restraint, was strikingly original and distinctive to her contemporaries. The strong and clear leading female voice struck a new chord in Russian poetry."
IN wikipedia.org

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nabokov.

"Estava de novo a chorar, ébrio do passado impossível"
- Diz o Humbert, na página 263 do meu Lolita.