quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vamos falar de cocó.

Estava para aqui a pensar que é bastante fixe que os seres humanos, por muito que precisem de usar fraldas quando são pequeninos, cresçam e sejam minimamente asseados. Quero dizer, é esta preocupação higiénica básica que faz com que as nossas casas cheirem bem e estejam limpinhas (isso e a invenção das sanitas, claro). Conseguem imaginar o que seria das nossas casas se não tivéssemos dado com este procedimento? Seriam imitações baratas das jaulas dos macacos do Jardim Zoológico, essa é que é essa.

E depois pensei: "Ena, então os animais com preocupações higiénicas estarão evolucionariamente mais à frente que os outros. O que quer basicamente dizer que os gatos são mais avançados que os cães"

"Sim, que estúpidos, os cães. Onde é que já se viu, marcar território com fezes e urina? «Ai, que lindo sítio, acho que quero que seja meu, e por isso vou deixá-lo a tresandar»...?"
Quero dizer, vamos lá ver, eu gosto muito do meu quarto mas não é por isso que tenho desejos incontroláveis de fazer cocó pelos cantos.

E depois ocorreu-me que, verdade seja dita, ainda que sejamos asseados, somos também bastante selectivos no que toca à escolha das casas-de-banho que usamos. (Refira-se, a esse respeito, o problema que são as instalações sanitárias dos festivais de Verão...). As nossas preferidas tendem, aliás, a ser as das nossas casas.

Conseguimos, então, parece-me, aliar a higiene dos gatos com o noção de território dos cães.
E isto tem piada, porque nunca me ocorreu que fosse capaz de, já depois de ter 5 anos:
1. Passar tanto tempo a pensar em e falar sobre cocó e xixi;
2. Achar o encadeamento de ideias interessante o suficiente para o partilhar com o mundo.



Ps: A propósito deste post e do relatório de memória que tenho de escrever: O Fred disse cocó.

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