quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma estranha mistura de Gapminder com Dostoievski

Não sei precisar quando é que tudo começou, mas suponho que a melhoria do saneamento nas cidades, da alimentação das pessoas e os avanços na medicina têm ajudado. A esperança média de vida passou de cerca de 45 anos, em 1900, para os cerca de 80, em 2013. Passámos para o dobro em menos de 100 anos. Mais: O ser humano existe há coisa de 1,5 milhões de anos, e desses, só aqueles que viveram nos últimos cem é que tiveram o privilégio de viver para além dos 50 anos.

E depois, toda a questão da electricidade, do encurtamento das distâncias, da internet.
Todo o facto de as pessoas, dantes, "funcionarem" enquanto havia luz do sol, e de agora poderem fazê-lo a qualquer hora. De, dantes, a vida se passar socialmente, e de não haver meio mais rápido de transmitir notícias que encontrando-nos com pessoas. E de, hoje, eu não sair de casa sem o telemóvel, passar o dia a verificar a conta e-mail, ir para casa ao telefone, chegar a casa, checkar o facebook, e ainda ir para o Skype para falar com uma ou outra pessoa que possa estar no estrangeiro.

Hoje, não só vivemos mais tempo, como vivemos mais rápido.

É como se tivéssemos várias vidas.

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