quinta-feira, 16 de maio de 2013

Isto de andar a trabalhar em linguística tem-me alimentado a nerdice que não é brincadeira nenhuma

A relação que temos com os famosos é dos fenómenos mais metonímicos de que me tenho apercebido.

Ninguém odeia o Justin Bieber, no máximo odeiam as músicas dele.

Tal como ninguém adora o Tarantino ou a Angelina Jolie. Nunca os conheceram! 
Podem dizer que gostam dos filmes deles - mas deles parece-me um bocadinho demais.

A parte sórdida é haver uma parte da comunicação social dedicada a fomentar uma coisa que, de figura de estilo, passa a enviesamento perceptivo e depois a convicção! Como é que podes adorar ou odiar uma coisa com que nunca contactaste?

Um comentário:

  1. Interessante!

    Eu diria que a maior parte das pessoas odeia não tanto o Bieber mas sim o que ele representa. Mas é difícil não achar que ele é um fedelho mimado que vive num mundo à parte: http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-22146859

    Mas certamente que concordo que sabemos muito menos do que pensamos que sabemos, e que conhecemos menos sobre as pessoas do que gostaríamos de pensar. Um estudo recente afirma que em média uma pessoa pode gerir um máximo de 150 contactos (o chamado número de Dunbar). Mas devido ao Facebook e afins categorizamos 700, 900 ou 1500 pessoas como sendo nossas 'amigas' sem pestanejar.

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